quinta-feira, 20 de março de 2008

Palavras Ditas

Como uma manhã bucólica de abril em que as folhas secas caem ao chão, tuas palavras voam ao vento sem destino certo.

Improváveis são tuas origens; será do coração ou da língua ferina? Temerário de mim mesmo, dos meus vãos sentimentos, busco nos vãos de tuas palavras frouxas, cânticos latentes, verdadeiros, mas só encontro o vazio estomacal de uma fome atroz por teu amor.

Meu amor é assim, embebedado. Mato minha sede na saudade de tuas palavras ditas, cujas lembranças tornam-se um relicário ausente de provas, de escritas. Tuas palavras são apenas ditas.

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